sexta-feira, 17 de agosto de 2007

COMUNICADO da Célula do PCP na TAP/SPDH, 8 Agosto/2007

NÃO À PRIVATIZAÇÃO DA TAP
POR UMA EMPRESA AO SERVIÇO DO POVO E DO PAÍS!

O governo do PS prossegue e agrava a política de desmantelamento do Sector Empresarial do Estado em clara submissão e favorecimento dos interesses do grande capital.

A intenção deste governo de privatizar a TAP é uma parte dessa estratégia de desmantelamento e entrega das empresas públicas aos privados.

A entrevista dada recentemente pelo Secretário de Estado das Obras Públicas e Transportes a um jornal diário, em que admite a segmentação do que designa por actividades não essenciais, que não especifica, mostra que o Governo quer avançar na privatização de qualquer maneira, repescando o projecto do anterior governo PSD de privatizar a TAP "às fatias".

Mas não se fica por aqui. Para transmitir uma imagem de empresa apetecível, obrigou a TAP a fazer investimentos de vulto, compra da Portugália e da VEM, no Brasil

Entretanto, os custos financeiros destas compras, pesam exageradamente nas contas da TAP e vão continuar a ser usados como argumento para as futuras revisões salariais.

Onde está o interesse nacional? Este Governo pretende vender a ideia de que o que é bom para os possíveis investidores privados é bom para o País, mas essa ideia não é comprada por muitos portugueses e decididamente pelos trabalhadores da TAP.

O PCP defende que a unidade empresarial da TAP como hoje se apresenta, não deve ser objecto de segmentações.

O PCP é contra a privatização da TAP porque, como o exemplo da SPdH o demonstra, nada de positivo trará à empresa, aos seus trabalhadores e ao País.

Antes pelo contrário: os trabalhadores saíram os primeiros a ser sacrificados com perda de postos de trabalho (exemplo, Portugália), ataque aos direitos, intensificação dos ritmos e cargas de trabalho, horas extra não pagas, etc.

O quadro actual está marcado pela concentração dos interesses capitalistas em muitos sectores da economia e também na aviação comercial. A privatização, a consumar-se, teria pois como principal efeito o desaparecimento da TAP enquanto companhia aérea de bandeira e que o lucro passasse a ser o principal factor de decisão, contra os interesses dos portugueses, que ficariam prejudicados nos serviços públicos que a TAP lhes proporciona.

A posição dos comunistas na TAP não mudou. Continuamos a acreditar na capacidade dos trabalhadores para tornarem a TAP cada vez mais reconhecida pelos portugueses como a sua Companhia nacional, cumprindo a sua vocação para servir o todo nacional e as comunidades portuguesas espalhadas pelo Mundo.

Trabalhador da TAP/SPdH convidamos-te a vires á FESTA DO AVANTE que decorrerá nos dias 7, 8 e 9 de Setembro no magnífico cenário da Quinta da Atalaia, e que terá muita música, cultura, desporto, gastronomia e confraternização. A EP custa 18 euros até 6 de Setembro. Não faltes.

Lisboa, 8 de Agosto de 2007.

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