sexta-feira, 17 de agosto de 2007

COMUNICADO de 17 Agosto da Célula do PCP na TAP/SPDH

Aos trabalhadores da SPdH

A situação social e laboral da SPdH degrada-se de forma acelerada, em resultado de uma politica que a Administração desenvolve assente no aumento dos ritmos e degradação das condições de trabalho e no incremento da precariedade laboral.

O PCP tinha razão! A SPdH é hoje mais um claro e demonstrativo exemplo de quão desastrosas e nefastas são para o país as privatizações, e que os trabalhadores seriam os primeiros a sentirem as negativas consequências do processo privatizador, como a realidade social da empresa o confirma.

Senão vejamos: hoje as relações de trabalho na SPdH estão marcadas pelo aprofundamento desenfreado da exploração dos trabalhadores com a consequente degradação acentuada das suas condições de trabalho e de vida.

O serviço prestado pela empresa degradou-se em resultado do modelo de organização e gestão que a Administração da empresa adoptou e que, na voragem do lucro fácil e imediato, não tem em conta a infraestrutura aeroportuária em que actua nem a operação a que tem que responder. Ao fazê-lo desta forma gera enormes prejuízos à TAP – companhia aérea de bandeira – principal cliente da empresa, e à economia nacional.

Os trabalhadores da SPdH têm razão para estar descontentes. Estamos em Agosto e os salários continuam sem serem aumentados, os horários de trabalho continuam sem sofrer as alterações que de há muito os trabalhadores reivindicam, a empresa recorre cada vez mais a trabalhadores precários, precários que é bom dizê-lo, ela forma através duma área de negócio a que chamou pomposamente de "GroundForce Academy" e que após um período de formação e estágio no local de trabalho, os coloca numa bolsa de recrutamento que não é mais do que uma autêntica praça de trabalho escravo, à qual as agências de trabalho precário "negreiros dos tempos modernos" recorrem.
Aquilo que se tem verificado nesta empresa no decurso dos últimos dias por parte da Administração é mais uma demonstração de arrogância e de afronta ao interesse nacional. Arrogância ao não assumir directamente a negociação com os representantes dos trabalhadores e persistir num caminho de afronta aos seus direitos e justas aspirações, afronta ao interesse nacional ao não ter em conta que com a sua atitude prejudica o seu principal cliente a TAP, e a economia nacional.

Perante tudo isto de há muito se impunha que o Governo e a TAP que detém 49% do capital da SPdH assumissem uma posição activa e positiva no sentido da resolução do conflito, coisa que não se tem verificado.

O PCP exige que Administração e Governo respondam positivamente as reivindicações dos trabalhadores e das suas organizações representativas.

Lisboa, 17 Agosto 2007
A Célula do PCP na TAP e na SPDH.

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